Bitcoin recua para US$ 87 mil em meio a saídas de ETFs, juros elevados e incerteza econômica global. Análise completa do mercado cripto e contexto macroeconômicBitcoin recua para US$ 87 mil em meio a saídas de ETFs, juros elevados e incerteza econômica global. Análise completa do mercado cripto e contexto macroeconômic

Bitcoin Recua para US$ 87 Mil em Meio a Pressão de ETFs e Incerteza Econômica Global

2025/12/17 08:03

Mercado de Criptomoedas Enfrenta Volatilidade em Contexto de Aversão ao Risco

O Bitcoin registrou queda de aproximadamente 2% nas últimas 24 horas, negociando próximo a US$ 87 mil nesta terça-feira, 16 de dezembro de 2025. A maior criptomoeda do mundo estende uma sequência de perdas de quatro dias consecutivos, refletindo pressões tanto do mercado de ativos digitais quanto de fatores macroeconômicos globais.

Saídas Massivas de ETFs Pressionam o Bitcoin

Um dos principais catalisadores para a queda recente é o fluxo negativo de fundos de investimento. Dados mostram que ETFs de Bitcoin registraram saídas líquidas de US$ 351,7 milhões em 15 de dezembro, marcando a maior retirada desde 20 de novembro. A Grayscale liderou essas saídas, sinalizando redução de interesse institucional em curto prazo.

Apesar disso, o mercado de produtos cripto mantém alguma resiliência: entradas líquidas de US$ 864 milhões foram registradas na semana anterior em produtos de investimento em ativos digitais, sugerindo que alguns investidores ainda buscam exposição regulada ao setor.

Níveis Técnicos Críticos e Perspectivas de Analistas

Analistas técnicos apontam a zona de suporte entre US$ 84 mil e US$ 85 mil como crítica. Uma quebra desse nível poderia abrir espaço para quedas mais acentuadas, com algumas análises mencionando possibilidade de extensão até cerca de US$ 74 mil.

As médias móveis de curto prazo (EMA10 ≈ 89.215; EMA20 ≈ 90.317) indicam pressão de baixa, embora haja relatos de recuperação parcial intradiária de aproximadamente 3% em determinados momentos, sugerindo volatilidade elevada e indecisão do mercado.

Contexto Macroeconômico Amplifica Aversão ao Risco

A pressão sobre o Bitcoin não é isolada. Os mercados financeiros globais enfrentam alta volatilidade em dezembro de 2025, com o Ibovespa caindo 2,42% em sessão recente e o dólar comercial fechando a R$ 5,462 (alta de 0,73% no dia).

No Brasil, a Selic atingiu 15% — o maior nível desde 2006 — encarecendo o crédito e reduzindo o consumo. A ata do Copom não sinalizou cortes de juros para janeiro, mantendo investidores em estado de cautela e migrando recursos para renda fixa em detrimento de ativos de risco como criptomoedas.

Dados Econômicos dos EUA Reforçam Cautela

Nos Estados Unidos, o payroll de novembro criou 64 mil vagas, acima das 50 mil esperadas, reduzindo as chances de corte de juros pelo Federal Reserve em janeiro. Esse cenário incentiva fuga de capitais de mercados emergentes, incluindo Brasil, em direção a ativos de menor risco nos EUA.

A combinação de juros elevados globalmente e incerteza sobre a trajetória futura das taxas cria ambiente desfavorável para ativos de risco, pressionando tanto criptomoedas quanto ações de mercados emergentes.

Regulação Cripto Avança Apesar da Volatilidade

Em desenvolvimento positivo para o setor, a SEC aprovou recentemente o Bitwise 10 Crypto Index Fund, o segundo ETP (Exchange-Traded Product) de índice cripto nos EUA, para negociação na NYSE Arca. O produto oferece exposição diversificada às 10 maiores criptomoedas com rebalanceamento mensal.

Essa aprovação segue a do Grayscale em julho de 2025 e integra estrutura regulada similar a fundos de commodities tradicionais, reduzindo riscos para investidores institucionais e sinalizando maior integração das criptomoedas ao sistema financeiro regulado.

Representantes da SEC reuniram-se em 15 de dezembro com executivos do setor cripto para discutir equilíbrio entre vigilância financeira e privacidade de usuários. O presidente Paul Atkins alertou que criptomoedas podem se tornar ferramenta global de vigilância dependendo da regulação adotada.

Geopolítica e Economia Global Amplificam Incerteza

O contexto geopolítico também contribui para a aversão ao risco. A competição estratégica entre EUA, China e Rússia em tecnologia, minerais críticos e comércio redesenhou cadeias de suprimento globais. Análises recentes da Bloomberg sugerem que os EUA enfrentam dificuldades para superar a China economicamente, com a rival apresentando vantagem em quase todos os setores estratégicos.

Essas tensões comerciais e geopolíticas causam volatilidade em preços de commodities e suprimentos, pressionando inflação global e criando incerteza para investimentos internacionais.

Perspectivas para os Próximos Dias

Analistas alertam que testes abaixo de US$ 80 mil são possíveis dependendo do fluxo de capitais e do sentimento de mercado. A recuperação do Bitcoin dependerá de sinais positivos sobre a trajetória de juros globais, redução de aversão ao risco e possível reversão dos fluxos negativos de ETFs.

A aprovação de novos produtos regulados e a mudança na abordagem regulatória dos EUA — descrita por analistas do Barclays como fim da “era da ambiguidade” para Bitcoin — oferecem algum suporte de longo prazo, mas não impedem volatilidade de curto prazo em ambiente macroeconômico desafiador.

Conclusão

O Bitcoin enfrenta pressão multifatorial neste final de 2025: saídas de ETFs, juros elevados globalmente, incerteza macroeconômica e tensões geopolíticas. Apesar dos avanços regulatórios que sinalizam maior integração das criptomoedas ao sistema financeiro, o mercado permanece volátil e sensível a dados econômicos e fluxos de capitais. Investidores devem monitorar os níveis técnicos críticos e o contexto macroeconômico global para avaliar próximos movimentos.

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