Lula diz que gostaria de ver Haddad como candidato em 2026

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta 4ª feira (18.dez.2025) que Fernando Haddad (PT) deveria ser candidato nas eleições de 2026. O presidente sugeriu que o ministro da Fazenda dispute o governo de São Paulo ou uma vaga ao Senado pelo Estado.

Segundo Lula, Haddad tem trajetória política e capital eleitoral para concorrer, mas a decisão ainda não está tomada. “Eu gostaria que ele fosse. O quê? Eu não sei. Teria que perguntar para ele”, afirmou o presidente, ao ser questionado sobre o futuro político do ministro em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto. Antes disso, o presidente elogiou o desempenho de Haddad no comando da economia do país.

O ministro da Fazenda já disse que vai deixar o governo, provavelmente em fevereiro. Mas afirma publicamente que sua intenção é ajudar Lula na reeleição, eventualmente como coordenador de campanha ou do programa de governo. Lula disse que pretende se reunir, no começo de 2026, com integrantes de seu 1º escalão que querem estar nas urnas em outubro. Pelo menos 18 integrantes da Esplanada devem se desincompatibilizar até abril. 

Além de Haddad, Lula citou nominalmente o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) como um nome central na disputa em São Paulo. Para Lula. Alckmin já foi governador e é alternativa para disputar de novo o cargo. “Precisamos de um candidato a governador forte e de um candidato ao Senado forte. Acho que temos chance de ganhar o governo e o Senado em São Paulo”, disse o presidente.

Grupo de advogados que apoia o governo Lula, o Prerrogativas uniu na noite de 6ª (12.dez), em São Paulo, Alckmin, Haddad e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB). Os 3 foram tratados pelos anfitriões como uma “chapa paulista” para 2026.

Para compor a “chapa paulista”, com uma eventual candidatura ao Senado pelo Estado, Tebet teria de mudar seu domicílio eleitoral de Mato Grosso do Sul para São Paulo até abril de 2026. Ela também é cotada para vice de Lula, caso Alckmin saia novamente para governador, cargo que já ocupou de 2001 a 2006 e de 2011 a 2018.