Apesar da ascensão das energias solar e eólica, a energia hídrica continua sendo a “espinha dorsal” da matriz brasileira. Em 2025, o setor ainda oferece alguns dos salários mais estáveis e elevados da engenharia, especialmente em funções que exigem alta responsabilidade técnica, como a segurança de barragens e a gestão de grandes ativos da Eletrobras.
Primeiramente, os engenheiros eletricistas e mecânicos focados em grandes manutenções lideram as faixas salariais devido à complexidade técnica das turbinas e geradores. No Brasil, o especialista em segurança de barragens tornou-se uma das figuras mais críticas e valorizadas, com rendimentos que refletem a responsabilidade jurídica e ambiental da função. Além disso, operadores de sistemas de potência garantem a estabilidade da rede nacional, recebendo adicionais de periculosidade significativos.
Em seguida, profissionais especializados em automação e modernização de usinas antigas encontram um mercado aquecido para a implementação de Redes Inteligentes (Smart Grids). O gestor de ativos hidrelétricos atua na otimização da geração para maximizar o lucro no mercado livre de energia. Portanto, a experiência acumulada em usinas de grande porte funciona como um selo de qualidade que garante longevidade e altos ganhos na carreira.
Energia eólica se destaca pela baixíssima emissão de carbono e alta capacidade de geração sustentável
Atualmente, a remuneração no setor hídrico é composta por salários base robustos, adicionais de risco e pacotes de benefícios que incluem previdência privada e PLR. De fato, profissionais que atuam em concessionárias de grande porte ou no ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) possuem estabilidade financeira superior a muitos setores da tecnologia. O resumo das informações salariais atualizadas pode ser visualizado na tabela a seguir:
| Cargo na Área Hídrica | Nível de Formação | Salário Médio Estimado (2025) |
| Especialista em Segurança de Barragens | Superior + Especialização | R$ 12.000 – R$ 22.000 |
| Engenheiro Eletricista de Manutenção | Superior Completo | R$ 11.000 – R$ 19.000 |
| Operador de Usina Hidrelétrica | Técnico / Tecnólogo | R$ 6.000 – R$ 9.500 |
| Gestor de Infraestrutura Elétrica | Superior + MBA | R$ 12.000 – R$ 22.000 |
Para alcançar os salários de elite, o profissional deve dominar sistemas de automação e controle de turbinas que integram hardware robusto com inteligência de dados. O mercado no Brasil valoriza o conhecimento em metodologias de manutenção preditiva, como o RCM (Manutenção Centrada em Confiabilidade), para evitar paradas caríssimas. A seguir, veja a lista de competências técnicas essenciais exigidas pelas grandes geradoras:
Além do conhecimento técnico, a capacidade de gerir contratos complexos e entender a regulação da ANEEL é fundamental para cargos de gestão. O profissional precisa ter uma visão sistêmica sobre como a variação dos níveis dos reservatórios impacta o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD). Consequentemente, o perfil híbrido que une engenharia com economia da energia é o que mais cresce em remuneração atualmente.
Setor energético tradicional mantém salários elevados em 2025 apesar do avanço das renováveis – Créditos: depositphotos.com / DragonImages
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O ingresso geralmente ocorre através de concursos em estatais ou processos seletivos em grandes grupos privados como Engie, EDP e CTGP Brasil. Visto que o setor é maduro, o mercado valoriza imensamente a formação técnica sólida vinda de instituições como o SENAI ou universidades federais. Por fim, buscar especializações em energias renováveis complementares ajuda o profissional a migrar para a gestão de complexos híbridos (hídrico + solar).
A experiência prática em campo durante grandes paradas de manutenção é o que acelera o aprendizado e a visibilidade perante os recrutadores. Participar de comitês técnicos e manter o registro ativo no CREA ou CFT é indispensável para assinar laudos e projetos de alta responsabilidade. Em 2025, focar na digitalização de usinas será o grande motor para transformar engenheiros tradicionais em especialistas de alto valor de mercado.
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